segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Jararaca Verde

A Jararaca-verde (Bothriopsis bilineata) é uma serpente arborícola da família dos viperídeos, sendo encontrada na Amazônia e nas matas do Leste do Brasil.
Mesmo sendo uma espécie muito rara, é comummente encontrada na região equatorial do Brasil, a Amazônia, onde caça pássaros e mamíferos. Também é vista na Bahia e no Rio de Janeiro. É arborícola, gosta de passar toda a vida nas árvores altas para se abrigar ou se esconder. Caça também ratos, lagartos e rãs.

Sucuri Verde

A sucuri-verde ou sucuri-preta (Eunectes murinus) é a maior e mais conhecida das espécies existentes de sucuri. É encontrada na América do Sul, nas regiões alagadas onde há presas em abundância: jacarés e capivaras.
Os desenhos de seu corpo do pescoço até o rabo lembram a letra O; e sua face possui dois riscos laterais, um deles surge do olho e o outro da parte de cima da cabeça. Pode chegar a oito metros de comprimento, mas geralmente não ultrapassa os sete. Normalmente pesa 150 quilos e bota de 60 a 80 ovos por parto.
Geralmente, evitam contato com humanos, e quando se sentem molestadas, o mínimo que pode acontecer é reagir com uma mordida à pessoa. Raros são os casos de pessoas serem ingeridas, isso só acontece quando o animal está com muita fome. Vivem a maior parte do tempo submersas, pois na água é onde elas são mais rápidas, ficando mais fácil a captura dos alimentos. As sucuris não são cobras peçonhentas, pois elas matam suas presas por constrição (sufocam a vítima até a mesma morrer sem ar), para depois engolir a vítima inteira.
São encontradas na América do Sul, no Brasil pode se encontrar sucuris em todas regiões, de norte a sul. Os maiores exemplares são encontrados na Amazônia, pois lá encontra-se o habitat perfeito para a sobrevivência desses animais.
Apesar de existirem muitas lendas sobre as anacondas, elas são animais lentos na terra, por isso elas podem ficar mais agressivas, por não ter muito refúgio, elas usam a agressividade como proteção. As principais defesas são: dar botes para manter o agressor longe, proteger a própria cabeça enrolando o seu corpo em volta protegendo assim a sua parte mais sensível.

Jacaré do Pantanal


Nome Científico: Caiman yacare
Família: Alligatoridae
Ordem: Crocodylia
Distribuição: No Brasil, com destaque para o Pantanal, e também da parte norte da Argentina até o sul do Amazonas, passando por Bolívia e Paraguai.
Habitat: Vive em ambientes essencialmente aquáticos, como alagados, rios, lagoas e pântanos.
Alimentação: Peixes e caramujos.
Reprodução: Os jacarés são ovíparos. A fêmea põe, em média, entre 20 e 30 ovos. Eles se desenvolvem ao calor do sol e da vegetação que normalmente compõe o ninho (feito à base de folhas e fragmentos de plantas, na mata ou sobre vegetação flutuante). A mãe raramente se afasta do lugar, que normalmente defende com fúria. A reprodução acontece entre os meses de janeiro e março, coincidentemente o período das cheias no Pantanal.
Há bichos que nascem para viver num determinado ambiente. O jacaré-do-pantanal, como o nome bem diz, tem sua morada nas águas. Em terra, quase sempre, é desajeitado e perde o seu famoso poder de reação, fugindo à primeira ameaça que vê pela frente.

Na água não. Sua incrível força muscular ganha agilidade. É quando subjuga qualquer presa, com o aval de uma mandíbula sem igual, cauda serrilhada e pés com garras poderosas. Pode atingir, em média, 3 metros de comprimento.

A sua importância no controle ecológico de outras espécies também é real: se alimentam de indivíduos mais fracos, velhos ou doentes, fazendo instintivamente uma seleção natural. Também se alimentam de caramujos, matando o transmissor de doenças como a esquistossomose (barriga d'água).

Apesar disso, o jacaré-do-pantanal quase foi extinto. Terminou salvo por uma campanha de proteção e hoje sua população está em equilíbrio. Só mais uma curiosidade: ao contrário dos mamíferos, os jacarés não possuem heterocromossomo (cromossomo sexual). O que vai determinar o sexo dos embriões são a temperatura ambiente (principalmente) e as outras condições ambientais de incubação.

Teiú

Ordem: Squamata
Família: Teiidae
Nome popular: Teiú
Nome em inglês: Common tegu
Nome científico: Tupinambis merianae
Distribuição geográfica: Do sul do Amazonas ao norte da Argentina
Habitat: Florestas, cerrados e caatingas
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: Desova entre 30 e 36 ovos por postura, que eclodem após 60 a 90 dias de incubação
Período de vida: Aproximadamente 16 anos



Um dos maiores lagartos do brasil, é o mais pesado deles. Um exemplar com o tamanho máximo da espécie, que é de 140 cm de comprimento, pode pesar quase 5 kg. Só pesa tanto pois é um lagarto terrestre, e raramente sobe em árvores depois de atingir a maturidade.

Ao atingir um certo tamanho, o Teiú se torna um animal agressivo e voraz, comendo desde frutas e insetos até roedores, aves e outros répteis de menor porte. Quando se sente ameaçado, pode desferir mordidas dolorosas e fortes golpes com a cauda semelhante a um chicote. Na América do sul, ocupa um
nicho ecológico semelhante ao ocupado na África e Ásia por lagartos varanídeos, como o monitor da savana (Varanus exantematicus).

É caçado em alguns lugares pois adora ovos e pode invadir galinheiros, quando a região em que vive ficam sem aves de vida livre devido à caça ou destruição do ambiente. Se isso não acontece, evita a proximidade com o homem e prefere buscar seu alimento longe dele.

É um lagarto fácil de ser visto devido ao seu tamanho e bonita coloração, e habita mesmo parques metropolitanos de grande porte. Como outros animais que toleram a presença humana, eles por vezes podem passar mal ao tentar se alimentar de produtos industrializados deixados pelos visitantes, como salgadinhos e bolachas. Assim, é importante evitar que restos de alimento
humano fiquem jogados pelo chão, o que pode trazer grandes transtornos aos animais que ainda vivem próximos do homem.

Arara Vermelha

Nome popular: Arara-vermelha, arara-vermelha-grande
Nome científico: Ara chloropterus
Comprimento: 90 a 95 cm.
Peso: 1050 a 1708 g.

Coloração
: coloração vermelha, diferindo da arara-piranga por ter penas verdes no lugar das amarelas nas asas e por possuir uma fina fileira de penas vermelhas na pele facial branca.

Distribuição Geográfica
: ocorre no Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai. No Brasil ocorre desde a Amazônia até oeste do Piauí, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Assim como a arara-canindé, também vive na cidade de Campo Grande. A observação de bandos de araras vermelhas expandindo e migrando está tornando possível a ocorrência desta espécie na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, onde já era considerada extinta. 

Habitat
: Matas de beira de rios em florestas tropicais, cordilheiras e capões no Pantanal, podendo dividir ou alternar alguns ninhos com as araras-azuis.

Alimentação
: Frutos e sementes em geral.

Status
: essa espécie não se encontra em perigo de extinção (CITES II), mas é bastante comercializada e tem coleta de penas pelos indígenas.

Arara Azul Grande

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Anodorhynchus
Espécie: A. hyacinthinus
Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus
Nome inglês:
Hyacinthine Macaw

Descrição
Menos dotada que seus parentes, os papagaios, a arara só é capaz de aprender algumas palavras isoladas. Desde o século XVI as araras são muito procuradas como bichos de estimação e, antigamente, possuir uma arara era sinal de grande riqueza.
As araras maiores e mais coloridas são encontradas nas florestas tropicais das Américas. São freqüentemente caçadas e mantidas em cativeiro.
Existem 18 espécies de arara, todas com bico forte, língua carnosa e cauda longa em forma de espada. O bico forte permite que elas escavem o tronco das árvores para comer larvas de insetos. As araras, em geral, fazem ninhos no oco de árvores como palmeiras. Os ovos são postos na primavera e os adultos alimentam os filhotes regurgitando a comida. Com seis meses de idade as araras já são bichos adultos.
A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma ave da família Psittacidae, que ocorre nos biomas da Floresta Amazônica e, principalmente, no do Cerrado.
Possui uma plumagem azul com uma pele nua amarela em torno dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula. Seu bico é desmesurado parecendo ser maior que o próprio crânio. Vivem entre 30 a 40 anos.

Alimentação

Sua alimentação, enquanto vivendo livremente, consiste de sementes de palmeiras (cocos), especialmente o licuri (Attalea phalerata).


Reprodução

Essa arara torna-se madura para a reprodução aos 3 anos e sua época reprodutiva ocorre entre janeiro e novembro. Nascem 2 filhotes por vez e a incubação dura cerca de 30 dias. Depois que nascem, as araras-azuis ficam cerca de três meses e meio no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo. A convivência familiar dura até um ano e meio de idade, quando os filhotes começam a se separar gradativamente dos pais.


Ameaças

Essa ave está atualmente ameaçada de extinção, sendo as principais causas a caça, o comércio clandestino, no qual as aves são capturadas enquanto filhotes, ainda no ninho e a degradação em seu habitat natural através da destruição atrópica.

Distribuição Geográfica e Habitat

Sua distribuição geográfica é no Brasil. Sua distribuição geográfica no Brasil é nos estados de: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Tocantins.


Pode ser encontrada no
Complexo do Pantanal onde projetos de preservação garantiram no ano de 2001 uma população de 3.000 exemplares

Tachã

A tachã é uma ave anseriforme da família Anhimidae. Também conhecido por Inhuma poca, Chajá, Anhuma do pantanal e Tachã do sul.
O nome anhuma é pantaneiro, sendo também usado para uma outra espécie da mesma família, habitante da mata amazônica e matas densas do centro-oeste (nunca foi detectada no Pantanal, mas ocorre no alto rio Paraguai).

Características

De coloração pardo-acinzentada escura, com algumas manchas brancas, cabeçuda e topetuda. O pescoço é contornado por uma gola negra realçada por uma segunda penugem branca. A face superior da asa é negra, com grande área branca visível durante o vôo, a face inferior da asa é totalmente branca. Região perioftálmica, anel nu ao redor do pescoço (nem sempre visível), pernas são vermelhas. Não há dimorfismo sexual, as fêmeas são menores que os machos. As patas são curtas e fortes e os três dedos da frente estão unidos por uma membrana interdigital. Altura média de 80 cm e peso em torno de 4kg.
Grande habitante dos brejos, com formato e características únicas. O corpo, pernas e pés são enormes em relação à cabeça, pequena e com um penacho na nuca. Em vôo, mostra uma grande área branca sob a asa. Possui um esporão vermelho no cotovelo da asa, visível quando está pousada ou voando. Apesar do aspecto agressivo, não é usado como arma de ataque, servindo para comunicação entre as tachãs.
Destaca-se pelo chamado alto, feito por um indivíduo ou pelo casal, em dueto. Pode gritar a qualquer momento do dia, avisando sobre sua presença ou de intrusos, atraindo a raiva dos caçadores, ao espantar a presa. Esse chamado é mais grave no macho do que na fêmea, esta mais esganiçada, e é interpretado como dizendo “tachã” (“tarrã” no Rio Grande do Sul).

domingo, 1 de agosto de 2010

Jupará

Ordem: Carnívora

Família: Procyonidae

Nome popular: Jupará

Nome em inglês: Kinkajou

Nome científico: Potos flavus

Distribuição geográfica: da região leste do México até o estado de Mato Grosso, no Brasil

Habitat: floresta amazônica, atlântica e matas de galeria no cerrado

Hábitos alimentares: Onívoro

Reprodução: Gestação de 98 a 120 diasPeríodo de vida: Aproximadamente 30 anos em cativeiro

O jupará (Potos flavus) é um mamífero pouco conhecido, sendo encontrado desde a região leste do México até o estado de Mato Grosso, no Brasil. Aqui, habita a floresta amazônica, atlântica e matas de galeria no cerrado, preferindo viver na copa das árvores, entre 10 a 20 metros de altura. É parente próximo do quati e mão-pelada (todos da mesma família, Procyonidae), mas difere de ambos por possuir longa cauda preênsil, que o auxilia na locomoção como um quinto membro, orelhas curtas e língua fina e alongada, utilizada na captura de insetos, mel e néctar.
O peso varia entre 1,4 a 4,6 kg, com comprimento do corpo variando entre 40 a 80 cm, e cauda 39 a 57 cm. Machos geralmente são maiores que as fêmeas. São animais solitários e noturnos, normalmente dormindo em ocos de árvores durante o dia. Quando ativo, move-se rapidamente entre a copas das árvores, saltando para outra árvore quando necessário.
Percorrem rotas no território, que são marcadas pelo próprio animal, utilizando glândulas localizadas no tórax e abdômen. Alimenta-se principalmente de frutos, mas complementam a dieta com sementes, flores, mel, pequenos besouros, larvas de inseto e folhas novas. Devido a se alimentarem de flores, são considerados bons polinizadores. Em cativeiro é oferecido frutas (banana, maçã, laranja e mamão), vegetais (batatas, cenouras e beterraba), carne bovina, além de ovos e melaço de cana. Quanto à reprodução, os machos estão prontos para reproduzir com 1,5 ano e as fêmeas com dois anos.
A época de nascimento dos filhotes é de janeiro e fevereiro, agosto e setembro. O período de gestação varia entre 98 a 120 dias, podendo nascer de 2 a 4 filhotes. A longevidade em cativeiro chega a 30 anos. Atualmente, esta espécie não consta na Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, embora em algumas áreas seja caçado para consumo e por sua pele.

Preguiça de Três Dedos

Nome Científico: Bradypus variegatus
Família: Bradypodidae
Ordem: Pilosa
Distribuição: De Honduras ao norte da Argentina. No Brasil, ocorre nas regiões amazônica, centro-oeste e na Mata Atlântica.
Habitat: Florestas primárias e secundárias.
Alimentação: Alimenta-se de folhas de diversas espécies arbóreas como a embaúba (conhecida como árvore-da-preguiça), além de trepadeiras.
Reprodução: Apenas um filhote é gerado a cada gestação. Na época da reprodução a fêmea emite um som para chamar o macho.
De um marrom pálido nas costas muito característico, com pêlo longo e grosso, a preguiça-de-três-dedos se adapta bem até aos ambientes urbanos (caso do Parque da Luz, no Centro de São Paulo).

Mas, em geral, são vistas em florestas. Ainda assim, sofrem com um agravante cada vez mais freqüente: a descontinuidade das matas, divididas em fragmentos. Resultado: ao tentar atravessar de um lado para o outro, são atropeladas. Quando não, levadas para casa como bicho de estimação.

De comportamento solitário, o que ela aprecia mesmo é ficar nas copas das árvores, aquecendo-se ao Sol. Aliás, só descem ao chão uma vez por semana para fazer suas necessidades fisiológicas.

Com dentes pequenos, quase rudimentares, não apresentam qualquer perigo a quem quer que seja. Por isso, inclusive, têm uma alimentação à base de folhas. Mas as unhas dos três dedos que lhe conferem nome são grandes e duras. E é dotada de grande força nas patas.

Capivara

Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas, comuns em várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até 80 kg.
No Rio Grande do Sul, é também conhecida por capincho ou carpincho.
É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem: tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a presença de capivaras em partes dos rios Tietê e Pinheiros, em plena São Paulo, apesar do altíssimo índice de poluição destes rios.
Nas regiões ao longo do Rio Paraná no sul do Brasil e norte da Argentina, as capivaras são freqüentemente capturadas e aprisionadas para criações em cativeiro ou para serem abatidas como carne de caça.
Entretanto, no Brasil, esta prática tem de ser precedida de projeto e licenciada pelos órgãos de controle ambiental sob pena de configurar crime ambiental, já que a capivara é uma espécie protegida por lei.
Existem estudos para sua criação em cativeiro visando a produção de carne como substituto à caça predatória, mas ainda há poucos resultados práticos nesse sentido. Sua carne tem sabor próximo ao do porco e é mais magra porém com um sabor mais picante.

Onça Pintada

A onça-pintada (Panthera onca), onça, jaguar ou jaguaretê é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani jaguarete. Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.

Distribuição geográfica

A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.
Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas e savanas, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existe em praticamente todos os países da América continental:Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai.
No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS(Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO.
A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos ocasionais, no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

Características físicas

A onça-pintada se parece muito, à primeira vista, com o leopardo. Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

Alimentação

A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás e até mesmo jacarés. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jibóias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.

Guaxinim

O guaxinim[1] (Procyon lotor), também chamado mapache e ratão-lavadeiro em Portugal, é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul, e também são conhecidos pelo nome de raccoon (em inglês). Existem também na Europa Central e no Cáucaso, onde estabeleceram-se após as fugas dos quintais de criação de peles.
É bem conhecido, possivelmente devido a vários filmes de animações, como Pocahontas, Over the Hedge, Dr. Dolittle 2, Rascal sly, entre outros. É um animal bastante curioso, inteligente e engraçado.

Habitat

O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também em áreas urbanas.

Características

O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado, e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa “máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.

Alimentação

Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, camarões de água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas. São omnívoros.

Furão

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico (Mustela putorius furo), utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente da "doninha-europeia" ou da "doninha-das-estepes", mas também a duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como furão-grande (Galictis vittata) e furão-pequeno (Galictis cuja).
Ao contrário do que algumas crenças populares indicam, os furões não são roedores e pertencem à família das doninhas, na qual se incluem os texugos e as lontras.

Veado Campeiro

O veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) é um veado campestre, encontrado em grande parte da América do Sul, ao sul da Amazônia. Tais cervídeos medem cerca de 1 metro de comprimento, com pelagem dorsal marrom, contorno da boca, círculo ao redor dos olhos e barriga brancos e galhada com três pontas e cerca de 30 cm de altura.

 Hábitos

Este veado é encontrado mais comumente sozinho ou em grupos de até três animais; porém, já foram encontrados grupos de até 11 indivíduos. Possuem chifres de três pontas que podem alcançar 30 cm de comprimento; sua galhada é composta de dois chifres: um galho cuja ponta é voltada para frente e o outro com duas pontas, para trás. Esta composição começa a aparecer após o terceiro ano de vida do animal.
São animais extremamente ágeis, podendo correr a 70 km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade.
A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força. Esta disputa não tem por objetivo perfurar o oponente e o dano mais comum é a quebra de algumas pontas; porém podem ocorrer casos de perfuração.
Sua população está bastante reduzida por causa da caça, da febre aftosa (transmitida pelo gado), das queimadas e da perda do habitat natural, decorrente da ocupação agropecuária do cerrado e pampas. Ironicamente, muitos fazendeiros culpam o veado pela disseminação da febre aftosa e acabam abatendo o animal para proteger o gado.
Alimentam-se essencialmente de gramíneas, e desprezam os capins mais adequados para o gado. Porém se alimentam de outras plantas que quase nenhum outro animal come como o alecrim-do-campo, o assa-peixe, o capim-favorito e vagens de barbatimão.
Existem três subespécies de veado-campeiro:
  • O. bezoarticus bezoarticus - Campos do Brasil Central para o sul até o Uruguai
  • O. bezoarticus leucogaster - Sudoeste do Brasil, na região do pantanal
  • O. bezoarticus celer - nos pampas da Argentina.
As populações das três subespécies não estão em contato.
O nascimento dos filhotes ocorre quando existe uma maior oferta de alimentos, no fim das enchentes do pantanal ou após as queimadas naturais, épocas em que ervas, gramíneas e arbustos começam a rebrotar.

Irara

A irara (Eira barbara) é um animal carnívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do género Eira. Têm um aspecto semelhante às martas e fuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 cm (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.
A irara é também conhecida no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamada "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parenta da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil a as habilidades manuais ficam evidenciadas quando na capitura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas trazeiras e a cauda e com as patas dianteiras vai "desrosquando" a fruta até que a mesma se solte do caule: as palmas de suas patas são lisas, as garras parcialmente retrateis e as articulações de suas pernas lhe permitem "virar as patas" para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São escansoriais,solitárias,mas podem ser vistas aos pares, costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos, mas inteiramente cobertos de penugem negra e são facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.

Ariranha

A ariranha, lontra-gigante, lobo-do-rio ou onça-d'água (Pteronura brasiliensis), é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas.
A ariranha é a maior espécie da sub-família Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha têm olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, excepto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.
A ariranha vive e caça em grupos que podem chegar aos dez indivíduos e alimenta-se dos peixes, que habitam os rios da América do Sul, principalmente de caracídeos como a piranha e a traíra. Ingere-os sempre com a cabeça fora d'água, freqüentemente nadando pitorescamente para trás. Em condições de escassez, os grupos caçam pequenos jacarés e cobras, que podem inclusive ser pequenas anacondas. No seu habitat, as ariranhas adultas são predadores de topo da cadeia alimentar.
A época do acasalamento é na estação das chuvas, que pode ir de janeiro a março e resulta em gestações de 65 a 72 dias. Apenas a fêmea dominante do grupo se reproduz. Entre maio e setembro, as fêmeas dão à luz uma ninhada de pequenas lontras que são educadas em conjunto por todo o grupo. As crias ficam numa toca durante os primeiros três meses, após o que são integradas na vida do grupo. As ariranhas atingem a maturidade sexual entre os dois e os três anos de vida.
É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e mais intensamente ainda nas ariranhas que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais o que mais freqüentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas a caça furtiva por causa da pele, que foi mais intensa no passado.
Os primeiros sucessos reprodutivos em cativeiro foram produzidos pela Fundação Zoológico de Brasília, onde os animais desfrutam de um ótimo recinto. A espécie protagonizou um episódio trágico no zoo: um militar, o Sargento do Exército Brasileiro Sílvio Delmar Hollenbach, atirou-se no recinto objetivando salvar um garoto que lá caíra, e apesar de ter concluído seu objetivo acabou morrendo dias depois, em virtude de uma infecção generalizada, causada pelas inúmeras mordidas.

 Características

A ariranha é claramente distinguível das demais lontras pelas características morfológicas e comportamentais. Ela é o maior membro da família Mustelidae em comprimento, sendo a lontra-marinha a maior em peso. Os machos possuem de 1.5 a 1.8 metros de comprimento e as fêmeas de 1.5 a 1.7 metros. . O peso varia de 32 a 45.3 kilogramas para machos e de 22 a 26 kg para fêmeas.

Tamanduá Bandeira

Ordem: Xenarthra

Família: Myrmecophagidae

Nome popular: Tamanduá-bandeira

Nome em inglês: Giant anteater

Nome científico: Myrmecophaga tridactyla

Distribuição geográfica: América Central e América do Sul

Habitat: Campos e cerrados

Hábitos alimentares: Insetívoro

Reprodução: Gestação de 190 dias

Período de vida: Aproximadamente 15 anos

Os tamanduás, juntamente com os tatus e os preguiças pertencem à Ordem Xenarthra, que significa “articulação diferente”. Os tamanduás são os únicos mamíferos que não possuem dentes, enquanto que seus “parentes” tatus e preguiças possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte. Animais adultos podem pesar até 60 kg e medir 1,20 m, mais a cauda de quase 1,0 m. Apresentam uma coloração acinzentada, com faixas diagonais pretas com as bordas brancas.

Suas características mais marcantes são o focinho longo e fino e a cauda em forma de bandeira, o que lhe conferiu o nome comum. Possuem hábitos crepusculares e solitários, sendo que se os casais encontram-se somente na época do período reprodutivo. Possuem garras muito desenvolvidas nas patas dianteiras, que servem para destruir cupinzeiros, sua principal fonte de alimentação. Estima-se que um animal adulto se alimenta de aproximadamente 35000 insetos por dia!

Em cativeiro os animais recebem uma “papa” a base de leite de soja, ração de cachorros, carne moída, ovos cozidos, frutas e complementos vitamínicos e minerais. Cupins são oferecidos sempre que possível. Os Tamanduás bandeira estão ameaçados de extinção, uma vez que ocupam o cerrado, um dos ecossistemas mais vulneráveis devido às pastagens e plantações de monocultura, como a soja e a cana-de-açúcar.

A reprodução em cativeiro é possível e já foi testemunhada diversas vezes, embora em alguns nascimentos a inexperiente mãe abandone seus filhotes e estes tenham que ser criados artificialmente. Ao nascerem, têm aproximadamente 1,2 kg. Seus olhos já são abertos e ainda passarão aproximadamente 1 ano agarrados no dorso da mãe, onde encontram calor, proteção e alimentação.

Sagui de Tufo Branco

Nome Popular:  Sagüi tufo branco
Nome Científico: Callithrix jacchus
É o mais comum e conhecido dos sagüis. Possuem hábito diurno e são essencialmente arborícolas, descendo raramente ao solo. Formam grupos de 7 a 15 indivíduos organizados de acordo com a hierarquia. O período de gestação é de 140 a 148 dias, nascendo de 1 a 3 filhotes em cada gestação, sendo freqüente o nascimento de gêmeos. Ocorre no nordeste do Brasil, ao norte do Rio São Francisco e ao leste do Rio Parnaíba. Foi introduzido em várias matas do Brasil, principalmente no sudeste, como Serra da Carioca e Tijuca no Rio de Janeiro,Serra da Cantareira e em vários parques da cidade de São Paulo. Vivem aproximadamente 10 anos.
HABITAT
Florestas primárias ou degradadas, cerrado em formações arbóreas baixas e caatinga.
HÁBITO ALIMENTAR
Onívoro (frutas, sementes, gomas de árvores, insetos, aranhas, flores, pequenos invertebrados, ovos).

Cachorro do Mato Vinagre

Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Nome popular: Cachorro-vinagre
Nome em inglês: Bush dog
Nome científico: Speothos venaticus
Distribuição geográfica: América Central e América do Sul
Habitat: Floresta
Hábitos alimentares: Carnívoro
Reprodução: Gestação de 67 dias
Período de vida: Aproximadamente 10 anos

O cachorro vinagre é da Família Canidae e são os menores canídeos silvestres do Brasil. O comprimento do corpo varia entre 575-750mm, sua altura entre 120-50mm e o peso pode chegar a 8kg. Sua pelagem é de coloração marrom ocráceo, e quase preta na parte de baixo do pescoço, no ventre, nas patas e na cauda. O dorso possui uma cor marrom amarelada. Este cachorro possui orelhas pequenas, patas curtas e habitam matas e campos.
A gestação dura entre 65 e 80 dias, nascendo geralmente 3 a 4 filhotes que desmamam com 2 a 3 meses de idade. São os mais sociais dos canídeos do Brasil, podendo reunir-se em matilhas familiares e hierarquizada de 4 a 10 indivíduos. Sua distribuição vai desde o Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, grande parte do Brasil, Equador, Peru, Bolívia Paraguai e Argentina. São animais que capturam pequenas presas como insetos, mas quando em grupos capturam pacas, gambás, patos, rãs, cutias.
Em cativeiro alimentam-se de ração balanceada ,carne crua e frutas. Quando em bandos vocalizam sons variados e agudos que são para comunicação no interior da mata. O cachorro vinagre, apesar de possuir ampla distribuição, é uma espécie rara e pouco conhecida da América do Sul. Na língua espanhola é denominado como zorro vinagre ou zorro musteloide, em inglês bush (mato) dog ou vinegar dog, e os povos guaranis no Paraguai os denominam jaguati, akuti jagua, entre outros.
A palavra Acutiuara usada também para estes cachorros, é formada pelas raízes indígenas Jaguara ou Uara, que significa senhor ou dono e Aguti ou Acuti, que se refere às cutias ou pacas, referindo-se à perseguição por cutias e pacas. São ótimos cavadores e com suas unhas abrem galerias no chão. Abrigam-se em ocos de árvores e buracos de tatus. Em cativeiro, costumam sair pela manhã e a tarde ficam em seus abrigos.
Pouco se sabe sobre a biologia desta espécie, as informações existentes foram adquiridas a partir de animais de zoológicos e criadouros. Por isso criou-se um plano de manejo de cachorro vinagre para garantir a sobrevivência e perpetuação da espécie em cativeiro.

Anta


Ordem: Perissodactyla
Família: Tapiridae
Nome popular: Anta, tapir
Nome em inglês: Tapir
Nome científico: Tapirus terrestris
Distribuição geográfica: América do Sul, do leste da Colômbia até o norte da Argentina e Paraguai
Habitat: Florestas
Hábitos alimentares: Herbívoro
Reprodução: um filhote, com gestação de aproximadamente 13 meses
Período de vida: 35 anos (em cativeiro)


A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero terrestre do Brasil, alcançando até 1,20 m de altura. Vive em florestas e campos da América do Sul, do leste da Colômbia até o norte da Argentina e Paraguai. É um ungulado (mamífero com cascos com estrutura feita de queratina) que tem número ímpar de dedos.
A característica mais distinta da anta é sua narina, longa e flexível, que parece uma pequena tromba. Possui corpo robusto, cauda e olhos pequenos, crina sobre o pescoço e coloração marrom-acinzentada.

Alimenta-se de matéria vegetal (folhas, frutos, vegetação aquática, brotos, gravetos, grama, caules) que é digerida graças à presença de microorganismos que vivem em seu aparelho digestivo. Dispersa sementes com as fezes, ajudando na dispersão de sementes.

A anta, também conhecida como tapir, é um animal solitário, que sai à procura de um parceiro apenas na época reprodutiva, emitindo alguns sons para localizá-lo.
Se assustada, corre para regiões de mata mais fechada ou salta na água. E é ágil tanto em áreas abertas como fechadas, e ótima nadadora.

Possui hábitos noturnos, porém também pode realizar atividades durante o dia. Quando vive em florestas, costuma usar trilhas já abertas, o que a torna mais vulnerável à caça. Chega a pesar cerca de 300 kg e viver 35 anos.

A gestação dura aproximadamente 13 meses, nascendo apenas um filhote. Este possui pelagem marrom com manchas e listras horizontais brancas ou amareladas, que se perdem depois dos 5 meses. O filhote permanece com a mãe por 10 a 11 meses de vida e atinge a maturidade sexual após os 3 anos.

Apesar de não ser considerado animal ameaçado de extinção pelo IBAMA, a anta, como muitos outros animais, perde áreas de habitat com a devastação de florestas e matas. A caça para alimentação e esporte, que ocorre em algumas regiões, também a ameaça.

Flamingo Chileno


Ordem: Phoenicopteriformes
Família: Phoenicopteridae
Nome popular: Flamingo
Nome em inglês: Chilean Flamingo
Nome científico: Phoenicopterus chilensis
Distribuição geográfica: Sul da América do Sul
Habitat: Lago e estuários
Hábitos alimentares: invertebrado aquáticos e vegetais
Reprodução: Postura de 1 ovo. Incubação de 27 a 31 dias
Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 25 anos

Situação atual: Não ameaçado
Existem no mundo 5 espécies de flamingos, sendo que no Brasil ocorre apenas o flamingo-chileno (Phoenicopterus chilensis), que pode ser observado no sul do país.

Além desta, o Flamingo-grande (Phoenicopterus ruber) foi trazido e é encontrado com relativa freqüência em parques e exposições. Pode-se diferenciar as duas espécies principalmente pelo tamanho e pela coloração. O flamingo-chileno é de menor porte e com tom de rosa mais claro, enquanto o flamingo-grande, considerado o maior das 5 espécies, é de cor rosa mais intensa.

São animais de hábitos migratórios, que podem voar aproximadamente 500 km por dia em busca de alimento e locais para nidificação. Vivem em grandes colônias que variam de 3 a 6000 pares. Assim, reproduzem-se em grupos, botando apenas 1 ovo que nasce em média após 29 dias. Entre 3 a 6 anos atingem a maturidade sexual e podem viver longos períodos tanto em vida livre (33 anos) como em cativeiro (44 anos).

Os flamingos são animais filtradores que vivem próximos à água de onde provém sua dieta, composta principalmente de vegetação e invertebrados aquáticos. Em grande parte desses invertebrados está presente uma substância chamada caroteno que confere ao animal a coloração rosada. Na falta dessa substância as penas tornam-se esbranquiçadas.

Em cativeiro, busca-se criar uma dieta adaptada e que forneça todos os nutrientes necessários, já que a alimentação natural é de difícil obtenção. Costuma-se, ainda, acrescentar um corante alimentício em pó chamado coloral, proveniente de semente de urucum, para que os flamingos de cativeiro mantenham suas cores naturais.